E então volta a pergunta incômoda: por que treinamos? Para cumprir uma etapa do plano anual ou para ajudar as pessoas a desempenharem melhor seu trabalho?
A verdade é que treinar não é transformar. Uma aula pode inspirar, organizar conceitos, abrir a cabeça. Mas se não colocamos em prática, se não levamos para o campo, se não nos permitimos errar, tudo fica na teoria. É como a história dos lenhadores: aquele que para para afiar o machado é quem realmente progride… mas afiar o machado não é um evento, é um hábito.
E aqui surge um ponto-chave que muitas empresas ignoram: antes de treinar, é preciso entender o que o negócio realmente necessita.
Um diagnóstico prévio é recomendado. Ele nos permite identificar quais habilidades faltam, quais conversas travam, quais processos não funcionam, quais hábitos prejudicam o desempenho. Sem esse diagnóstico, o treinamento pode ficar desalinhado da realidade diária, e é natural que depois seja difícil aplicá-lo. Do diagnóstico, certamente surgirão iniciativas que talvez precisem acontecer antes, durante ou depois do treinamento.
Quando treinamos com base em um bom diagnóstico, o treinamento deixa de ser genérico e passa a ser útil. E quando, além disso, após o treinamento há prática, coaching e acompanhamento, então sim surge a transformação.
Porque aprender algo novo leva tempo. Exige repetição, feedback, pequenos ajustes. Exige coragem para colocar o aprendizado em jogo, mesmo que não saia perfeito. Exige sustentar o processo além do momento do treinamento.
Por isso, na mb&l sempre dizemos o mesmo: o treinamento é apenas o começo. O importante é o que acontece depois—como você incorpora, como transforma em hábito, como torna isso parte da sua maneira de trabalhar.
Se o treinamento não acompanha o negócio, não transforma.
E se não há prática, coaching e acompanhamento, não dura.
Treinar ajuda.
Mas transformar… exige compromisso, diagnóstico e apoio.
É aí que a história realmente muda.
