Autor: Patricia Montanelli - mb&l consultores

Venda Consultiva e Proposta de Valor

Sempre que converso com algum executivo de contas sobre proposta de valor, encontro o mesmo cenário: a maioria acredita que se trata de uma lista bem estruturada de benefícios. Algo que se memoriza e se repete em toda reunião com o cliente.

“Nossa tecnologia é a mais avançada.”
“Somos líderes de mercado.”
“Oferecemos o melhor suporte pós-venda.”

E a pergunta é: quem se importa?
Porque a realidade é que, se o cliente não enxergar como sua solução resolve o problema dele, sua proposta de valor não é uma proposta de valor — é apenas um discurso comercial.


O erro mais comum: falar sobre o que vendemos em vez de falar sobre o que o cliente precisa

Esse é um clássico. Vendedores que preparam apresentações impecáveis sobre seus produtos ou serviços, mas que não conseguem se conectar com o que realmente preocupa o cliente.

Porque a verdade é esta: o cliente não está procurando tecnologia avançada, nem serviço de qualidade, nem a solução mais inovadora.
Ele quer resolver um problema, eliminar uma dor, aproveitar uma oportunidade.

E se, como vendedores, não conseguimos traduzir nossa proposta em termos que façam sentido para ele, não importa quão boa seja nossa oferta — o cliente não vai avançar.


Venda Consultiva: quando a proposta de valor não se diz, se constrói

A venda consultiva muda o eixo da conversa. Não se trata de dizer ao cliente por que nossa solução é a melhor. Trata-se de fazer as perguntas certas para que ele mesmo chegue a essa conclusão.

Em vez de dizer “Nossa plataforma é a mais eficiente”, perguntamos:

“Como você está medindo o impacto que esse problema está gerando hoje no seu negócio?”

Em vez de afirmar “Com nossa solução você vai reduzir custos”, exploramos:

“Se fosse possível otimizar esse processo em 20%, o que isso significaria para sua equipe?”

Quando o cliente consegue colocar em palavras seu próprio problema e visualizar o impacto de resolvê-lo, é nesse momento que a proposta de valor realmente toma forma.


O verdadeiro desafio: não vender o produto, vender a mudança

Muitas vezes, o obstáculo não é o concorrente, é a inação do cliente.

Porque, mesmo reconhecendo que tem um problema, o medo da mudança frequentemente é maior que a vontade de resolvê-lo.

E é aí que a proposta de valor desempenha um papel fundamental.
Ela não deve apenas mostrar os benefícios da solução, mas também o custo de não fazer nada.

Se, a cada mês, a equipe do cliente perde X horas em processos manuais, se a empresa deixa de gerar receita por não otimizar sua estratégia, se cada dia de atraso representa uma oportunidade perdida…
Então a pergunta não é “Você tem interesse nessa solução?”, e sim:

“Você pode se dar ao luxo de continuar esperando?”


A proposta de valor não é um discurso — é uma conversa

Se, ao final de uma reunião de vendas, o cliente apenas ouviu uma série de afirmações sobre o quão bom é nosso produto, serviço ou solução, algo falhou.

A proposta de valor não se memoriza, se descobre. Não se impõe, se constrói.

Porque vender consultivamente não é repetir um pitch.
É ajudar o cliente a enxergar o que ele ainda não está vendo.

Então, deixo uma pergunta para reflexão:

Sua proposta de valor está realmente ajudando seus clientes a tomar uma decisão — ou é apenas um discurso bonito?

Se quiser aprofundar este ou outros temas da Venda Consultiva, escreva nos comentários ou fale conosco diretamente.

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